alter: combinando contrastes, peça de nova coleção da lumini remete aos diferentes estados da consciência
pequenos filamentos de consciência que se espraiam pelo resto da mente, iluminando tudo o que encontram e diminuindo, gradativamente, o peso da ignorância sobre nossa realidade. essa é a visão do escritório tetro arquitetos sobre o ato da leitura, expressa de modo subjetivo e singular na peça lançamento “alter”, que fará parte da nova coleção da lumini comer, ler e festejar.
a coleção será apresentada ao público durante a DW! Semana de Design de São Paulo. entre os dias 11 e 19 de março de 2023, a feira promoverá talks, palestras, workshops e lançamentos exclusivos por toda a cidade, reunindo novidades e experiências transformadoras no mundo do design.
composta por três peças, a coleção comer, ler e festejar propõe aproveitar os momentos de deleite e convivência em meio a um viver, por vezes, acelerado. ocupando-se do verbo ler, a tetro arquitetos criou luminárias de piso e cabeceira que partem de uma perfeita esfera de concreto e se irradiam em hastes flexíveis cuja ponta contém um ponto luminoso. A seguir, Carlos Maia, arquiteto da Tetro, detalha o processo de criação da peça.
por que o nome escolhido para a peça foi “alter”?
“alter”, em latim, significa “outro”. a intenção foi criar uma peça que trabalhasse com dualidades, leve e pesado, fluido e sólido, para representar os estados de consciência dentro da mente humana. diariamente, lidamos com a ignorância e o conhecimento, que são indissociáveis. o ato de ler transforma o primeiro no segundo, conectando-os.
como se deu o processo de escolha dos materiais da luminária?
a escolha gravitou entre dois materiais contrastantes. um que fosse pesado e grave, como a inconsciência no fundo da mente; para isso, optamos pelo concreto, para a execução da esfera-base. o outro material deveria ser suporte para a luz, representando o conhecimento e a leveza da compreensão. para este último, pensamos hastes que iluminam, além do livro, algum outro elemento à escolha do leitor.
qual foi o maior desafio encontrado no processo de concepção da peça?
a comunicação do conceito inicial exigiu muito da nossa atenção e cuidado. como criar uma peça estável, com peso, e ao mesmo tempo torná-la leve nas extremidades, sem esquecer dos componentes necessários para ter a luz? observando a peça final, acreditamos ter atingido esse balanço delicado entre os dois extremos.